Christina M. Herrmann  

Christina M. Herrmann é poeta, webdesigner. Carioca, vive atualmente na Alemanha. Comunidades no orkut: "Café Filosófico das Quatro", "Sociedade dos Pássaros-Poetas" ambas de entrevista e "Orkultural" em parceria com Blocos Online.
Endereço do Blog, reunindo todos os seus sites e comunidades: http://chrisherrmann.blogspot.com

 Coluna 80 - 2ª quinzena de março
(atualizações: todo dia 8 e 24 de cada mês)

CRÔNICAS POÉTICO-FILOSÓFICAS

Nesta série trazemos as melhores crônicas poético-filosóficas extraídas das comunidades "Orkultural " , "Café Filosófico das Quatro" e "Sociedade dos Pássaros-Poetas".

Reviver

Isiara Mieres Caruso

Nasci no verão. Calor, muito sol, praia, chopinho. Creio que por não haver tido uma berço ao meu dispor quando cheguei ao mundo, me pareceu muito quente aquela caminha improvisada numa gaveta de cômoda do hospital. ou quem sabe me quiseram engavetar como processo que não devesse ser lido...

Cresci adorando a primavera, este tempo de mudança de “intermezzo” entre o frio e o calor. Amo as flores, a festa dos pássaros quando amanhece, a revoada das andorinhas da janela da nossa casa. A avenida se estende aos meus pés como um tapete, as copas das árvores se tinge de cores, os canteiros festejam com as flores mais bonitas, aliás, o mundo se torna mais alegre nesta estação. As crianças, os jovens e até mesmo nós adultos nos energizamos, revivemos. O despertar da natureza enche de vida todos os lugares.

Aqui na Argentina é costume festejar-se a primavera, coincide sua chegada com o dia dos estudantes, então os parques se tornam palcos das mais distintas homenagens, a euforia toma conta de todos. Há música, artes caminhadas, beijos apaixonados, início de namoros, talvez fim de alguns, mas tudo embalado pela doçura das flores, do gorjeio dos pássaros, pelo zumbir das abelhas e algazarra da gente que se alegra.

Quem dera o mundo pudesse tomar um punhado de flores coloridas, aspirasse uma mescla dos perfumes que se espalham no ar, escutasse os ruídos da natureza que renasce, sentisse a suavidade da relva, das pétalas das flores, a maciez das peles e pêlos e proclamasse que: a partir deste dia haveria paz no mundo; harmonia entre as pessoas se diria não às armas: não às discriminações: não às diferenças. Haveria um mundo para todos, um mundo de todos.

...mas eu saí daquela gaveta e me inseri no mundo. Neste mundo que há e o que desejo e sei que sou alguém para ser lido.



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