"DIVERSOS CAMINHOS EM BLOCOS", POR ZANOTO

Jornalista famoso do Correio do Sul (Varginha/MG), desde 1950 mantém a coluna lítero-poética "Diversos Caminhos" naquele jornal.
Manteve coluna em Blocos Online de janeiro de 1998 a dezembro de 1999, e agora retorna à Internet, novamente através de nosso site.
C. Postal, 107 - 37002-970 Varginha/MG

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Coluna nº 65, de 15/9/2010 (***)
(próxima: 15/10/2010)

1. A correspondência partiu sozinha e se foi. Caiu numa cesta de vime. O nariz respirou verbos e expeliu substantivos. 11 de agosto de 1744: a data de nascimento de Tomás Antônio Gonzaga. Como contar o que se deu no céu de Vila Barcelona? P. H. Xavier caminhou firme e forte do Alto da Boa Vista até o Matadouro. No caminho inventou uma andorinha de papel crepom.

2. Estava certa vez: quando nada se define e algo começa a ser percebido gera-se um processo de clarezas que pode levar ao fato." - Ascendino Leite (João Pessoa/Paraíba).

3. Reli com imenso prazer o belo poema A FLOR E A BOMBA (a propósito da Guerra no Golfo), página 274 e 275 de seu primoroso Inventário Poético":
"(... ) Que mérito tem
a lua rastreada pelos canhões
que rasgam os ninhos de tua paz?
(...) Que mérito têm
a flor e a bomba
no idioma de um só
medo?"
                Gabriel Nascemte

4. Se tivesse tempo, teria feito da minha vida um livro. Cada capítulo teria dez anos. Contaria todas as facetas vividas, de alegria, desespero, trabalho, decepções, aventuras e venturas. O problema é que não sei que armas ter guardado para lutar. Nunca em qualquer momento lastimaria a sorte.

5. . Escreveu o poeta Wilsom Mota: "Eu tenho medo / das cabeças feitas" / das "frases perfeitas". Sinto de repente vontade de fazer ligeiro repouso e vou sentar-me no sofá da sala. E me vem à memória o nome de Vadinho, não aquele personagem de Jorge Amado, mas o Vadinho (falecido) que fundou o gostoso Café na Praça principal de Itajubá, casado com Alice, prima de Lélia. Ligeiro frio lá fora.

6. Já que hoje estou citando frases, disse Lindofo Bell: "O lugar do poeta é onde possa inquietar". Também disse o poeta goiano Brasigóis Felício — e me assusta: "Viver é contar uma história ridícula e furiosa - é estar entregue ao riso dos idiotas e mergulhar no horror dos náufragos - e nirvanar no alívio dos sobreviventes".

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(***) N. E.: Estamos tendo muitas dificuldades no recebimento das matérias de Zanoto pelo Correio. Daí a redução de tópicos..
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