Christina M. Herrmann  

Christina M. Herrmann é poeta, webdesigner. Carioca, vive atualmente na Alemanha. Comunidades no orkut: "Café Filosófico das Quatro", "Sociedade dos Pássaros-Poetas" ambas de entrevista e "Orkultural" em parceria com Blocos Online.
Endereço do Blog, reunindo todos os seus sites e comunidades: http://chrisherrmann.blogspot.com

 Coluna 90 - 2ª quinzena de setembro de 2009
(a partir de agora, atualização mensal: dia 24)

Bate-papo com a cantora carioca ILKA VILARDO – Parte I
[Entrevista realizada na comunidade CF4 - Café Filosófico ´Das Quatro´, no Orkut.com – 9-17.Set.2009 ]

Ilka Vilardo nasceu no Rio de Janeiro e revela gosto pelo canto já na infância e na adolescência. Participa como “crooner” de conjuntos de baile (Grupo “Os Mil Tons”);

Posteriormente participa de bandas de pop rock cantando Rita Lee, Beatles e The Police (Bandas “Grag Zeg”, “Outras idéias” e “Terceira Onda”). Atua também como baking vocal da banda do ator/cantor Roberto Bataglin.
Estudou canto com a mezzo-soprano Tereza Bessil (2 anos);

Depois de um ano na Itália onde cantou em diversos locais, volta ao Rio e forma o grupo “Quarta Intenção” – quatro mulheres cantoras e instrumentistas (violão e percussão) - com repertório de música popular brasileira. O grupo se apresenta em várias casas de show, entre elas Vinícius Piano Bar, Rio Jazz Club, Bar Brasil, Purple Rain, SESC´s do interior do Estado e também em São Paulo;

Em 2003 retoma seus estudos de canto e prepara o show “Sem Fronteiras” no qual apresenta músicas italianas e brasileiras, sob direção da atriz Maria Ceiça; em 2004 faz apresentações no Mistura Fina, Maestro Carioca e Sagrada Mistura, além de eventos fechados internacionais em alguns hotéis do Rio de Janeiro (Hotel Glória, Hotel Intercontinental); Em 2005 lança o show “Retratos do Rio”, também dirigido por Maria Ceiça, com canções de diversos autores, algumas inéditas, revelando as várias vertentes musicais da cidade; em 2005 e 2006 faz apresentações no Mistura Fina, Casa de Cultura Estácio de Sá, QG Music Hall, Vinícius Piano Bar, Café da New Books no Fashion Mall. e também no programa “Atitude.com” da TVE ;

Em maio de 2007 apresenta uma versão adaptada do show “Retratos do Rio” em Londres, no pub “The Dog House”, com músicos brasileiros e ingleses;

Em 2008 e 2009, em duo de voz e piano com o grande músico Osmar Milito ou acompanhada de seu power trio, a cantora faz diversas apresentações nos principais espaços da cidade dedicados à boa música. Nos shows, os artistas homenageiam a bossa nova no ano de comemoração de seu cinqüentenário e também apresentam pérolas da música popular brasileira. Locais:
Espaço Rio Carioca (Casas Casadas) – Laranjeiras
Espaço Cultural Maurice Valansi – Botafogo
Enótria Bistrô – Casashopping – Barra
Cais do Oriente – Centro
Bossa Lounge - Copacabana

* Informações adicionais: algumas apresentações internacionais: Red Eye Grill – New York; Festival de Jazz de Villa Celimontana (Roma) – Club Med de Lindemann Island (Austrália).


Andrea Lucia

Iniciando... Antes de mais nada, quero parabenizá-la pelo excelente trabalho que tem desenvolvido. Tudo isso graças ao seu enorme talento, à sua bela voz, ao seu empenho dentre outras coisas. Aproveito pra inicar nosso bate-papo com 3 perguntas:
Você mencionou na sua biografia (no seu site) que “teve sempre a vida dividida entre duas paixões e duas grandes influências: "A arte e a ciência.”
1) Gostaria de saber como você conciliou essas duas paixões?
2) De que modo ambas influenciaram na sua carreira?
Pude ver que seu repertório é excelente e bastante variado.
3) Você atribui essa versatilidade/ variedade a que?
Agradeço, antecipadamente, a sua participação e aguardo ansiosa pelas suas respostas.
Beijão

 

Ilka Vilardo

Olá moçada interessante do Café!

Oi Andrea Lúcia, Chris e demais integrantes deste Café maravilhoso e interessantíssimo!

Antes de mais nada muito obrigada por esta oportunidade de falar um pouco do meu trabalho e entrar em contato com esta comunidade que respira , vivencia e se alimenta de arte. Pra mim, é uma honra e um grande prazer estar aqui com vocês.

1) Andrea, estas paixões nunca foram concorrentes, a não ser em relação ao tempo disponível para o desenvolvimento pleno e compensador de cada uma delas. Talvez se não tivesse me formado e trabalhado´por tanto tempo com eng. química, hoje seria uma profissional de sucesso na música, uma cantora melhor, quem sabe...ou talvez não (com diz Caetano). O certo é que não me arrependi de nada neste sentido e com um bom jeitinho brasileiro (e carioca) sempre tramitei nestes dois universos na maioria das vezes apaixonadamente ( e com certeza "i´m not the only one...").

2) É claro que dependendo do período de minha vida, estive muito mais agarrada a uma delas. Teve épocas em que eu estava exercendo atividades profissionais na indústria privada e só tinha tempo para escutar música em rádios e Cds, nada de violão. Mas aí sempre pintava aquela festinha de final de ano em que eu sempre estava intrometida junto com o pessoal do RH e era uam oportunidade de conhecer pessoas com quem eu normalmente não teria maior contato, e valorizá-las, perceber como eram sensíveis, e que por trás as vezes de um operário antipático e rabugento tinha por exemplo...um grande compositor de samba-enredo de escolas...e isso fazia mudar o ambiente. Teve épocas também que fiquei desempregada e cantar na noite me fez segurar a onda, pagar um plano de saúde, e de novo, conhecer colegas (músicos e cantores) sensacionais.

3) Como dizia alguém (Villa-lobos? Radamés? Tom?), só existe duas categorias de música: a boa e a ruim. Gosto de tudo um pouco, desde que seja de boa qualidade. Meu pai sempre gostou de música instrumental (clássico, choro) e também de música italiana, pois ele nasceu lá. Minha mãe sempre foi mais pop, música cantada que tocava nas rádios, sambas, músicas alegres. Minha avó (materna) sempre foi pra mim uma enciclopédia viva das artes (uma espécie de Ricardo Cravo Albin, só pra falar da área de música) e aprendi muito com ela. Na infância / adolescência descobri o rock, principalmente o progressivo e já lá pros 18 anos descobri o "instrumental Brasil".
Sempre fui muito curiosa em relação a música, gosto de descobrir novos sons, músicas de outros países...você mistura isso tudo, e aí ...não dá pra cantar um gênero só. Muitas vezes já fui criticada por isso, me disseram que "falta foco", "uma identidade", mas não me preocupo muito, porque quem me conhece sabe que eu sou assim mesmo, posso estar feliz ao lado de guitarras estridentes, ou uma roda de samba, ou um piano clássico, ou um coro afinado...basta que sejam executados com paixão.

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